As fábulas, e o seu narrador mais famoso
A fábula é uma narração com intuitos morais. O ensinamento moral de cada fábula, o que se chama a sua moral. As fábulas são muitos antigas e, como diz Clovis Bevilaqua, foram empregadas nos livros sagrados, onde apareceram sob a forma de parábolas, as mais celebres são as escritas por um escravo chamado Esopo, que nasceu em Amorium, em 620 A.C. Foi escravo de dois filósofos, Xanto e Idmo; este último emancipou-o.
Esopo adotou um método mais claro e mais simples que os dos filósofos: fez falar os animais e as coisas inanimadas para dar lições aos homens. Creso, rei da Lydia, chamou-o à sua côrte e enchou-o de benefícios. Esopo chegou a viajar pelo Egito e Pércia, e estava em Atenas quando Pisistrato a vassalava, e ao ver o que os atenienses sofriam sob o jogo daquele tirano, compôs a fábula das rãs descontentes que pediam um rei. De volta à corte de Creso, este mandou-o a Delphos para fazer um sacrifício a Apollo; aos seus habitantes desagradou a fábula que ele lhes compôs mas achas flutuantes sobre a água que de longe parecem alguma coisa e ao pé nada são, e atiraram-no do alo de uma rocha. Toda a Grécia lastimou a sua morte e em Atenas erigiram-lhe uma estátua.
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